Convidamos o dermatologista e pesquisador Dr. Felipe Ribeiro para esclarecer as principais dúvidas e os melhores procedimentos para amenizar a tão temida flacidez. Descubra!
Com o passar dos anos, é inevitável que nosso corpo passe por transformações, tanto físicas quanto emocionais. No âmbito estético, é natural que observemos mudanças na textura e firmeza da pele, especialmente ao atingir a marca dos 50 anos. Nessa fase, a perda de colágeno e a redução da elasticidade cutânea podem resultar em flacidez, que muitas vezes causa desconforto e impacto na autoestima.
Pensando nisso, convidamos o Dr. Felipe Ribeiro, dermatologista e pesquisador, para esclarecer algumas dúvidas sobre a flacidez e indicar os melhores tratamentos para essa condição. Confira!
Quais são as principais causas da flacidez?
As principais causas envolvem uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida.
O envelhecimento é a causa mais comum. Com o tempo, a produção de colágeno e elastina – essenciais para a elasticidade e firmeza da pele – diminui naturalmente. Além disso, a exposição prolongada ao sol pode acelerar esse processo ao danificar essas fibras essenciais.
Outros fatores incluem mudanças significativas de peso, que podem esticar a pele e dificultar seu retorno à forma original, bem como hábitos prejudiciais, como fumar, que compromete a circulação sanguínea e a renovação celular.
Existem diferentes tipos de flacidez?
Sim. Elas podem ser categorizados em flacidez muscular e flacidez cutânea.
– Muscular: perda de tônus muscular subjacente, muitas vezes resultante de inatividade ou envelhecimento, que afeta a firmeza geral da área.
– Cutânea: perda de elasticidade diretamente na pele, devido à diminuição da produção de colágeno e elastina.
Ambos os tipos podem ocorrer simultaneamente, especialmente em áreas do corpo onde a pele é naturalmente mais fina e mais propensa a perda de elasticidade.
Qual é a idade típica em que as pessoas começam a notar flacidez na pele?
Varia bastante, dependendo de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Geralmente, os sinais iniciais de flacidez podem ser observados a partir dos 35 anos, período em que a produção de colágeno começa a diminuir gradualmente e a elasticidade da pele começa a se reduzir. Entretanto, indivíduos com alta exposição solar, fumantes ou aqueles que passaram por perda de peso significativa podem notar flacidez mais cedo.
Quais áreas do corpo são mais propensas à flacidez?
Variam, mas geralmente aparecem onde a pele é mais fina ou submetida a estresse regular, como o rosto, pescoço, braços, abdômen e coxas. O rosto e o pescoço são frequentemente os primeiros, devido à sua exposição constante a fatores ambientais, como o sol, e à sua pele relativamente fina. Os braços e as coxas podem se tornar flácidos com mudanças de peso ou falta de exercício, que afetam tanto a pele quanto o tônus muscular subjacente. O abdômen é especialmente propenso à flacidez após a gravidez ou perda de peso significativa, devido ao estiramento excessivo da pele.
Quais são os tratamentos mais eficazes?
– Radiofrequência, ultrassom microfocado, laser, microagulhamento, terapias tópicas, luz pulsada, fios de sustentação, peelings e bioestimuladores de colágeno. Cada uma é interessante em determinado cenário.
A flacidez da pele pode ser evitada?
Beber bastante água diariamente e consumir alimentos ricos em proteínas, colágeno e antioxidantes são fundamentais para manter a pele firme e saudável. Exercícios, especialmente a musculação, ajudam a construir massa magra, substituindo a gordura e mantendo o peso estável, evitando assim o efeito sanfona que pode danificar a elasticidade da pele. Além disso, a proteção contra os raios UV, através do uso diário de protetor solar, e a aplicação regular de cremes com ativos voltados para a firmeza da pele, como retinóides e hidroxiácidos modernos também auxiliam.
Para quem busca resultados mais específicos, tratamentos estéticos são interessantes e, dentre eles, o bioestímulo – como é o caso do STIIM, da ILIKIA – se descaca como opção segura, rápida e eficaz. Ainda segundo o dermatologista, o uso do STIIM, – bioestimulador de colágeno feito à base de hidroxiapatita de cálcio – além de promover a produção de colágeno na pele, o procedimento também tem efeito regenerativo: “Quando estudamos os processos de formação de colágeno, é interessante que se leve em conta que o novo colágeno é sempre melhor. A aplicação de substâncias que atuem de modo a gerar um novo colágeno é inteligente porque traz a firmeza que perdemos com os anos.”, comenta Dr. Felipe.
Como esse procedimento funciona?
Depois de aplicada na pele, a hidroxiapatita se integra aos tecidos e estimula o organismo a tecer uma nova rede de colágeno, enrigecendo a textura da pele. Esse efeito não é imediato como os preenchedores, entretanto, é duradouro. É seguro e eficaz, podendo ser usada tanto em face quanto em corpo.
As queixas em relação à flacidez são mais comuns em homens ou mulheres?
A percepção de que as mulheres reclamam mais sobre a pele flácida do que os homens pode decorrer de normas e expectativas sociais sobre beleza e envelhecimento. Em muitas culturas, as mulheres frequentemente são submetidas a padrões mais elevados de aparência física e são frequentemente expostas a ideais de beleza irreais perpetuados pela mídia, publicidade e pressões sociais.
As mulheres muitas vezes são socializadas desde jovens para priorizar sua aparência, e sinais de envelhecimento, como pele flácida, podem ser vistos como indesejáveis ou até mesmo tabu. Consequentemente, as mulheres podem sentir mais pressão para abordar e discutir abertamente questões relacionadas à sua aparência física, incluindo a pele flácida.
Além disso, a indústria da beleza direciona fortemente as mulheres com produtos e tratamentos destinados a combater sinais de envelhecimento, o que pode ampliar ainda mais essas preocupações entre as mulheres.
Por outro lado, os homens podem enfrentar menos pressão social para manter uma aparência jovem, e pode haver menos expectativas para que discutam ou abordem questões como pele flácida abertamente. No entanto, isso não significa que os homens sejam totalmente imunes a preocupações com sua aparência ou envelhecimento; em vez disso, as normas sociais e as expectativas de gênero frequentemente influenciam como os indivíduos percebem e expressam essas preocupações.